Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 10 de 10
Filter
1.
Brasília; Fiocruz Brasília; 06 dez. 2022. 69 p.
Non-conventional in Portuguese | LILACS, ColecionaSUS, PIE | ID: biblio-1401619

ABSTRACT

O problema: A desnutrição se refere a deficiências, excessos ou desequilíbrios na ingestão de energia e/ou nutrientes. O déficit de altura resulta em baixa estatura para a idade, e geralmente está associada a condições socioeconômicas adversas, saúde e nutrição materna precárias, doenças frequentes e/ou alimentação e cuidados inadequados das crianças no início da vida. No Brasil, estima-se que a prevalência de baixa estatura para a idade é de 7% em crianças menores de cinco anos. Esta revisão teve como objetivo identificar opções para políticas de prevenção e manejo de déficit de altura em crianças menores de cinco anos. Opções para enfrentar o problema: As buscas nas bases de dados recuperaram 558 revisões sistemáticas (RS), sendo complementadas por sete RS identificadas em busca manual. Após processo de seleção, 28 RS atenderam aos critérios de elegibilidade e foram incluídas nesta revisão narrativa. As estratégias de prevenção e manejo de déficit de altura em crianças menores de 5 anos analisadas nas RS foram categorizadas conforme similaridade em oito opções, apresentadas a seguir. Efeitos positivos foram relatados nas RS para uma variedade de estratégias, no entanto, algumas incertezas também foram apontadas. Com relação à qualidade metodológica, sete RS foram classificadas como de confiança alta, uma confiança moderada, oito confiança baixa e doze confiança criticamente baixa.


The problem: Malnutrition refers to deficiencies, excesses or imbalances in energy and/or nutrient intake. Height deficit results in low height for age, and is usually associated with adverse socioeconomic conditions, poor maternal health and nutrition, frequent illnesses and/or inadequate feeding and care of children in early life. In Brazil, it is estimated that the prevalence of low height for age is 7% in children under five years of age. This review aimed to identify policy options for the prevention and management of stunting in children under five years of age. Options to deal with the problem: Searches in the databases retrieved 558 systematic reviews (SR), complemented by seven SRs identified in a manual search. After the selection process, 28 SR met the eligibility criteria and were included in this narrative review. The height deficit prevention and management strategies in children under 5 years of age analyzed in the SR were categorized according to similarity in eight options, presented below. Positive effects were reported on the SR for a variety of strategies, however, some uncertainties were also pointed out. Regarding methodological quality, seven SR were classified as having high confidence, one moderate confidence, eight low confidence and twelve critically low confidence.


Subject(s)
Child Nutrition Disorders , Chronic Disease , Review , Evidence-Informed Policy
2.
Brasília; Fiocruz Brasília; 07 jul. 2022. 95 p.
Non-conventional in Portuguese | LILACS, ColecionaSUS, PIE | ID: biblio-1396886

ABSTRACT

Pergunta: Quais são os riscos do consumo de edulcorantes para a saúde humana? Métodos: Após realização de protocolo de pesquisa, quatro bases da literatura eletrônica foram buscadas em maio de 2022, para identificar estudos que abordassem possíveis riscos do consumo de edulcorantes para a saúde humana. Utilizando atalhos de revisão rápida, foram realizadas seleção de revisões sistemáticas (RS), extração de dados e avaliação da qualidade metodológica com a ferramenta AMSTAR 2. Resultados: De 707 registros identificados nas bases de dados, 29 RS foram incluídas após processo de triagem e elegibilidade. As RS foram consideradas de confiança criticamente baixa (93,1%) e baixa (6,9%). Os desfechos analisados nos estudos se referem a eventos cardiovasculares (11 RS), peso corporal e outras medidas antropométricas (7 RS), neoplasias (7 RS), diabetes mellitus tipo 2 (5 RS), período gestacional (3 RS), doença renal (3 RS), mortalidade (2 RS), depressão ou alterações cognitivas (1 RS), doença hepática (1 RS), eventos gastrointestinais (1 RS), infertilidade masculina (1 RS). Uma RS também apresentou informações sobre eventos adversos. A maioria dos resultados indica que o consumo de edulcorantes e bebidas adoçadas artificialmente aumentou o risco de hipertensão arterial, diabetes, eventos cardiovasculares, como acidente vascular cerebral; mostrou-se associado a ganho de peso, aumento de outras medidas antropométricas e obesidade. O consumo de bebidas adoçadas artificialmente durante a gestação apresentou associação com parto prematuro, ganho de peso da gestante e do recém-nascido, além de possível risco para desenvolvimento de asma em crianças. A maioria dos resultados relacionados aos adoçantes artificiais e bebidas adoçadas artificialmente e bebidas dietéticas contendo adoçantes artificiais mostraram não haver uma associação com risco de cânceres. Observou-se associação com alguns tipos de câncer, porém se referem a poucos estudos de coorte ou caso-controle. Poucos estudos também apontam possível risco do consumo de bebidas adoçadas artificialmente para doença renal crônica e mortalidade por todas as causas, depressão e alterações hormonais e da microbiota intestinal com adoçantes artificiais. Não se constatou associação com infertilidade masculina e o consumo de ciclamato. Considerações finais: Em síntese, os resultados mais consistentes quanto ao risco do consumo de edulcorantes referem-se a eventos cardiovasculares, diabetes e parto prematuro, condições para as quais os estudos apontam inclusive uma relação dose-resposta. Além das lacunas do conhecimento, é importante considerar as falhas metodológicas da maioria das RS.


Question: What are the risks of consuming sweeteners to human health? Methods: After carrying out a research protocol, four databases from the electronic literature were searched in May 2022, to identify studies that addressed possible risks of the consumption of sweeteners to human health. Using rapid review shortcuts, selection of systematic reviews (SR), data extraction and methodological quality assessment were performed with the AMSTAR 2 tool. Results: Of 707 records identified in the databases, 29 RS were included after the screening and eligibility process. The SRs were considered critically low (93.1%) and low (6.9%) confidence. The outcomes analyzed in the studies refer to cardiovascular events (11 RS), body weight and other anthropometric measures (7 RS), neoplasms (7 RS), type 2 diabetes mellitus (5 RS), gestational period (3 RS), kidney disease (3 RS), mortality (2 RS), depression or cognitive impairment (1 RS), liver disease (1 RS), gastrointestinal events (1 RS), male infertility (1 RS). An SR also presented information on adverse events. Most of the results indicate that consumption of sweeteners and artificially sweetened beverages increased the risk of high blood pressure, diabetes, cardiovascular events such as stroke; was associated with weight gain, increase in other anthropometric measurements and obesity. The consumption of artificially sweetened beverages during pregnancy was associated with preterm birth, weight gain of the pregnant woman and the newborn, in addition to a possible risk for the development of asthma in children. Most of the results related to artificial sweeteners and artificially sweetened beverages and diet drinks containing artificial sweeteners showed no association with cancer risk. There was an association with some types of cancer, but they refer to few cohort or case-control studies. Few studies also point to a possible risk of consumption of artificially sweetened beverages for chronic kidney disease and all-cause mortality, depression and hormonal and intestinal microbiota changes with artificial sweeteners. There was no association with male infertility and consumption of cyclamate. Final considerations: In summary, the most consistent results regarding the risk of sweetener consumption refer to cardiovascular events, diabetes and premature birth, conditions for which studies even point to a dose-response relationship. In addition to knowledge gaps, it is important to consider the methodological flaws of most SRs.


Subject(s)
Sweetening Agents , Risk Factors , Review , Health Promotion
3.
Brasília; Fiocruz Brasília; 01 set. 2022. 56 p.
Non-conventional in Portuguese | LILACS, ColecionaSUS, PIE | ID: biblio-1392100

ABSTRACT

Contexto: A atividade física é um comportamento que traz benefícios para o desenvolvimento humano em todas as fases da vida e pode ser praticada de diversas maneiras e em diferentes momentos, como ao se deslocar de um lugar para outro, durante o trabalho ou estudo, ao realizar tarefas domésticas ou durante o tempo livre. Atualmente, uma das formas de abordagem da atividade física utilizada pelos serviços de saúde inclui as tecnologias que viabilizam o cuidado à distância, fornecendo intervenção e educação em saúde. Pergunta: A abordagem da atividade física por meio de tecnologias em saúde é efetiva para os usuários dos serviços de saúde? Método: Realizou-se uma revisão rápida com base em protocolo de pesquisa previamente definido. Três bases da literatura eletrônica foram buscadas em junho de 2022, para identificar revisões sistemáticas (RS) que apresentassem abordagens de atividade física por meio de tecnologias em saúde. A qualidade metodológica das RS foi avaliada com a ferramenta AMSTAR 2. Resultados: De 563 registros recuperados nas bases, 13 RS foram incluídas. Três RS foram classificadas como de confiança baixa e dez de confiança criticamente baixa. As intervenções para promoção da atividade física, apresentadas nessas revisões, utilizaram seis tipos de tecnologias: aplicativos; ligação telefônica, mensagem de texto e/ou e-mail; internet (site, plataforma, e-mails, redes sociais); tecnologias vestíveis; telessaúde ou teleconsulta; tecnologias combinadas. Duas RS também apresentaram resultados de eventos adversos. A maioria dos resultados apresentados se refere a estudos primários únicos (ensaio clínico randomizado, ensaio quase experimental, estudo piloto), mostrando efeito positivo sobre a prática de atividade física para pacientes com diversas condições de saúde - cânceres, esclerose múltipla, insuficiência cardíaca, artrite reumatoide, doença pulmonar obstrutiva crônica, diabetes tipo 2. Considerações finais: Constata-se uma escassez de estudos sobre efeitos do uso de tecnologias na promoção da atividade física. Além da heterogeneidade das intervenções e das populações estudadas, é preciso considerar as falhas metodológicas das RS incluídas, bem como o fato de a maioria dos estudos ter sido conduzida em países de alta renda.


Context: Physical activity is a behavior that brings benefits to human development at all stages of life and can be practiced in different ways and at different times, such as when moving from one place to another, during work or study, when do household chores or during free time. Currently, one of the ways of approaching physical activity used by health services includes technologies that enable remote care, providing intervention and health education. Question: Is the approach to physical activity through health technologies effective for users of health services? Method: A rapid review was performed based on a previously defined research protocol. Three electronic literature bases were searched in June 2022 to identify systematic reviews (SR) that presented physical activity approaches through health technologies. The methodological quality of the SRs was evaluated using the AMSTAR 2 tool. Results: Of 563 records retrieved from the databases, 13 RS were included. Three RS were classified as low confidence and ten as critically low confidence. Interventions to promote physical activity, presented in these reviews, used six types of technologies: applications; phone call, text message and/or email; internet (website, platform, emails, social networks); wearable technologies; telehealth or teleconsultation; combined technologies. Two SRs also had adverse event results. Most of the results presented refer to single primary studies (randomized clinical trial, quasi-experimental trial, pilot study) showing a positive effect on physical activity for patients with various health conditions - cancers, multiple sclerosis, heart failure, arthritis rheumatoid, chronic obstructive pulmonary disease, type 2 diabetes. Final considerations: There is a scarcity of studies on the effects of the use of technologies in the promotion of physical activity. In addition to the heterogeneity of the interventions and populations studied, it is necessary to consider the methodological flaws of the SRs included, as well as the fact that most studies were conducted in high-income countries.


Subject(s)
Exercise , Review , Information Technology , Health Promotion
4.
Brasília; Fiocruz Brasília; 31 ago. 2022. 56 p.
Non-conventional in Portuguese | LILACS, ColecionaSUS, PIE | ID: biblio-1392102

ABSTRACT

Contexto: De acordo com a Política Nacional de Promoção da Saúde, ações intersetoriais envolvendo o intercâmbio entre diferentes setores podem produzir soluções que melhorem a qualidade de vida. Em saúde, essa articulação pressupõe uma agenda que considera múltiplos aspectos envolvidos no processo saúde-doença e a participação de outros setores na avaliação de parâmetros sanitários importantes para a construção de políticas públicas. Pergunta: Quais são as principais estruturas ou quadros de referência (frameworks) sobre colaboração intersetorial em promoção da saúde? Método: Com base no protocolo de pesquisa, esta revisão rápida teve como objetivo identificar estruturas sobre colaboração intersetorial na promoção da saúde. A busca de evidências foi realizada em julho de 2022, por meio do Web App da plataforma Dimensions. A seleção dos estudos foi feita por dois revisores, de forma independente. Não foi realizada avaliação da qualidade metodológica dos estudos. Resultados: De 1.412 registros identificados na base de dados, doze foram incluídos nesta revisão rápida. Uma síntese narrativa apresenta as estruturas citadas nos estudos para a implementação ou análise de experiências de colaboração intersetorial na promoção da saúde. As estruturas foram agrupadas em três categorias. (1) Estrutura Saúde em Todas as Políticas (Health in all policies - HiAP): Quatro estudos sobre a estrutura HiAP abordaram os princípios que sustentam seus mecanismos, analisaram processos de implementação de colaboração intersetorial nos EUA, e os mecanismos sociais para a implementação sustentável. (2) Estruturas para promoção da saúde no contexto escolar: Quatro estudos analisaram a estrutura formatada para ação escolar, componentes e mecanismos para implementação de escolas promotoras de saúde, elementos e mecanismos na implementação de ações intersetoriais, e uma ferramenta para monitoramento de processos colaborativos. (3) Estruturas para implementação de processos de colaboração intersetorial: Quatro estudos discutiram as funções essenciais de saúde pública para as Américas, processos que facilitam a colaboração intersetorial, colaboração intersetorial para mudança social, e abordagens de planejamento para a prática de promoção da saúde. Considerações finais: Os estudos mostram que processos colaborativos intersetoriais para a promoção da saúde são complexos e exigem a utilização de diversas estratégias desde a fase de planejamento de um programa ou política. As estruturas ou quadros de referência, como ilustrado nesses estudos a partir de exemplos de implementação, podem auxiliar no planejamento e compreensão das ações necessárias para o aprimoramento da colaboração intersetorial.


Context: According to the National Health Promotion Policy, intersectoral actions involving exchanges between different sectors can produce solutions that improve quality of life. In health, this articulation presupposes an agenda that considers multiple aspects involved in the health-disease process and the participation of other sectors in the evaluation of important health parameters for the construction of public policies. Question: What are the main frameworks for intersectoral collaboration in health promotion? Method: Based on the research protocol, this rapid review aimed to identify frameworks on intersectoral collaboration in health promotion. The search for evidence was carried out in July 2022, through the Dimensions platform's Web App. The selection of studies was carried out by two reviewers, independently. Assessment of the methodological quality of the studies was not performed. Results: Of the 1,412 records identified in the database, twelve were included in this rapid review. A narrative synthesis presents the structures cited in the studies for the implementation or analysis of experiences of intersectoral collaboration in health promotion. Frameworks were grouped into three categories. (1) Health in All Policies (HiAP) Framework: Four studies on the HiAP framework addressed the principles that underpin its mechanisms, analyzed processes for implementing intersectoral collaboration in the US, and the social mechanisms for sustainable implementation . (2) Frameworks for health promotion in the school context: Four studies analyzed the formatted structure for school action, components and mechanisms for implementing health promoting schools, elements and mechanisms in the implementation of intersectoral actions, and a tool for monitoring collaborative processes . (3) Frameworks for Implementing Intersectoral Collaboration Processes: Four studies discussed essential public health functions for the Americas, processes that facilitate intersectoral collaboration, intersectoral collaboration for social change, and planning approaches to health promotion practice. Final considerations: Studies show that intersectoral collaborative processes for health promotion are complex and require the use of different strategies from the planning stage of a program or policy. Frameworks, as illustrated in these studies from implementation examples, can assist in planning and understanding the actions needed to improve intersectoral collaboration.


Subject(s)
Review , Intersectoral Collaboration , Health Promotion
5.
Brasília; Fiocruz Brasília; 06 jul. 2022. 91 p.
Non-conventional in Portuguese | LILACS, ColecionaSUS, PIE | ID: biblio-1401589

ABSTRACT

O problema: A Organização Mundial da Saúde (OMS) ressalta que cerca de 45% das mortes de crianças menores de cinco anos estão relacionadas à desnutrição, e que elas ocorrem principalmente em países de baixa e média renda. No Brasil, estudo recente estimou uma prevalência de 2,9% de crianças brasileiras com baixo peso para a idade. A Política Nacional de Alimentação e Nutrição propõe a implementação de ações específicas para o combate ao binômio infecção-desnutrição que afeta principalmente crianças provenientes de classes econômicas com reduzido poder aquisitivo, em regiões com baixos índices de desenvolvimento econômico e social. Esta síntese rápida de evidências teve como objetivo identificar opções para políticas de enfrentamento da desnutrição aguda em crianças abaixo de cinco anos de idade. Opções para enfrentar o problema: De 1.261 registros recuperados das bases de dados, após processo de seleção e elegibilidade, vinte e quatro revisões sistemáticas (RS) foram incluídas nesta síntese narrativa. Os resultados foram organizados em doze opções para prevenir ou tratar o déficit de peso em crianças menores de cinco anos. Efeitos positivos foram relatados nas RS para uma variedade de estratégias, no entanto, algumas incertezas também foram apontadas. Com relação à qualidade metodológica, cinco RS foram classificadas como de confiança alta, sete de confiança baixa e doze de confiança criticamente baixa.


The problem: The World Health Organization (WHO) points out that around 45% of deaths among children under five are related to malnutrition, and that these occur mainly in low- and middle-income countries. In Brazil, a recent study estimated a prevalence of 2.9% of Brazilian children with low weight for age. The National Food and Nutrition Policy proposes the implementation of specific actions to combat the infection-malnutrition binomial that mainly affects children from economic classes with low purchasing power, in regions with low levels of economic and social development. This rapid synthesis of evidence aimed to identify options for policies to address acute malnutrition in children under five years of age. Options for tackling the problem: From 1,261 records retrieved from the databases, after the selection and eligibility process, twenty-four systematic reviews (SR) were included in this narrative synthesis. The results were organized into twelve options for preventing or treating underweight in children under five years of age. Positive effects were reported on the SR for a variety of strategies, however, some uncertainties were also pointed out. With regard to methodological quality, five SR were classified as having high confidence, seven as low confidence and twelve as critically low confidence.


Subject(s)
Child Nutrition Disorders , Acute Disease , Review , Evidence-Informed Policy
6.
Brasília; Fiocruz Brasília;Instituto de Saúde de São Paulo; 25 jul. 2022. 57 p.
Non-conventional in Portuguese | LILACS, ColecionaSUS, PIE | ID: biblio-1390967

ABSTRACT

Contexto: A respiração é regulada por um complexo processo fisiológico que pode ser afetado em algumas patologias. No Brasil, a mortalidade por doenças respiratórias em relação ao total de mortes foi de 6%, no ano de 2016. Dados do período de 1995 a 2005 indicam que as doenças do aparelho respiratório estiveram entre as principais causas de internação do Sistema Único de Saúde (SUS) em todas as regiões brasileiras. A atividade física (AF) pode beneficiar a saúde de indivíduos com diagnóstico de problemas respiratórios, já que a prática regular permite a manutenção dos volumes e das capacidades respiratórias, diminuindo a restrição do movimento pela rigidez da caixa torácica e da coluna vertebral, além de manter a capacidade funcional e promover o bem-estar geral. Pergunta de pesquisa: A prática de atividade física é efetiva para a melhoria da capacidade respiratória e do desempenho das atividades de vida diária de usuários de serviços de saúde com diagnóstico de patologias respiratórias? Método: As buscas foram realizadas em quatro bases de literatura científica para identificar revisões sistemáticas (RS) sobre os efeitos da prática de AF na saúde de pessoas com doenças respiratórias. A qualidade metodológica das RS foi avaliada com a ferramenta AMSTAR 2. Resultados: De 1.045 registros recuperados nas bases, 21 revisões sistemáticas foram selecionadas para esta revisão rápida. Com relação à qualidade metodológica, três RS foram classificadas como de confiança alta, uma de confiança moderada, cinco de confiança baixa e doze de confiança criticamente baixa. Os dados extraídos das RS são apresentados conforme a condição da doença respiratória avaliada. Efeito de AF em pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): Onze RS analisaram AF em pessoas com DPOC ou obstrução crônica das vias aéreas. Oito indicaram que a maioria dos desfechos avaliados não apresentaram diferenças significativas ou foram incertos entre os grupos com AF combinando exercícios aeróbicos e anaeróbicos e o comparador. Três RS analisando apenas exercícios aeróbicos apontaram maioria de efeitos positivos dessa modalidade de AF em alguns desfechos de saúde dessas pessoas. Efeito de AF em pessoas com hipertensão pulmonar: Três RS utilizando exercícios combinados indicaram efeitos benéficos. Uma RS apresentou resultados incertos em relação à qualidade de vida. Efeito de AF em pessoas com fibrose pulmonar: Duas RS combinaram exercícios aeróbicos e anaeróbicos indicaram efeito positivo ou incerto para qualidade de vida. Houve efeitos positivos nos desfechos de distância de caminhada (DTC6), capacidade de exercício e dispneia, e efeitos incertos no pico de volume de oxigênio (pico de VO2) e no volume expiratório forçado no primeiro segundo e nenhuma diferença na participação em AF. Efeito de AF em pessoas com bronquiectasia: Uma RS apontou efeitos positivos de exercícios combinados para DTC6, qualidade de vida, distância incremental da caminhada, exacerbação de bronquiectasia, dispneia e fadiga. Indicou que não houve diferença de efeito entre os grupos para tosse. Efeito de AF em pessoas com câncer de pulmão de células não pequenas: Três RS apontaram que os efeitos foram em sua maioria positivos para pico de VO2 e DTC6. Houve efeitos inconclusivos para a melhora na qualidade de vida. Efeito de AF em pessoas com sarcoidose pulmonar: Uma RS indicou efeitos positivos para fadiga, força muscular e DTC6 de programas de tratamentos de reabilitação para pessoas com sarcoidose pulmonar. Segurança de AF para pessoas com doenças respiratórias: Cinco RS apresentaram resultados de eventos adversos. De modo geral, elas indicaram que as intervenções de AF foram seguras para pessoas com patologias respiratórias. Considerações finais: A atividade física mostrou relação com a melhoria da capacidade respiratória e física de pessoas com doenças respiratórias. Deve-se considerar, no entanto, as limitações metodológicas da maioria das RS incluídas, a heterogeneidade de intervenções e comparadores, além da escassez de estudos para algumas das condições de saúde.


Context: Breathing is regulated by a complex physiological process that can be affected in some pathologies. In Brazil, mortality from respiratory diseases in relation to total deaths was 6% in 2016. Data from 1995 to 2005 indicate that respiratory diseases were among the main causes of hospitalization in the Unified Health System (SUS) in all Brazilian regions. Physical activity (PA) can benefit the health of individuals diagnosed with respiratory problems, since regular practice allows for the maintenance of respiratory volumes and capacities, reducing movement restriction due to the rigidity of the rib cage and spine, in addition to maintain functional capacity and promote general well-being. Research question: Is the practice of physical activity effective for improving respiratory capacity and the performance of activities of daily living of users of health services diagnosed with respiratory pathologies? Method: Searches were carried out in four scientific literature databases to identify systematic reviews (SR) on the effects of PA practice on the health of people with respiratory diseases. The methodological quality of the SRs was evaluated using the AMSTAR 2 tool. Results: Of 1045 records retrieved from the databases, 21 systematic reviews were selected for this rapid review. Regarding methodological quality, three RS were classified as high confidence, one as moderate confidence, five as low confidence and twelve as critically low confidence. The data extracted from the RS are presented according to the condition of the respiratory disease evaluated. Effect of PA in people with chronic obstructive pulmonary disease (COPD): Eleven RS analyzed PA in people with COPD or chronic airway obstruction. Eight indicated that most of the outcomes evaluated did not show significant differences or were uncertain between the groups with PA combining aerobic and anaerobic exercises and the comparator. Three SRs analyzing only aerobic exercises showed the majority of positive effects of this PA modality on some health outcomes of these people. Effect of PA in people with pulmonary hypertension: Three RS using combined exercises indicated beneficial effects. One SR presented uncertain results in relation to quality of life. Effect of PA in people with pulmonary fibrosis: Two RS combined aerobic and anaerobic exercise indicated a positive or uncertain effect for quality of life. There were positive effects on outcomes of walking distance (6MWD), exercise capacity and dyspnea, and uncertain effects on peak oxygen volume (peak VO2) and forced expiratory volume in one second and no difference in PA participation. Effect of PA in people with bronchiectasis: An RS showed positive effects of combined exercise for 6MWD, quality of life, incremental walking distance, exacerbation of bronchiectasis, dyspnea and fatigue. It indicated that there was no difference in effect between the cough groups. Effect of AF in people with non-small cell lung cancer: Three RS showed that the effects were mostly positive for peak VO2 and 6MWD. There were inconclusive effects for improvement in quality of life. Effect of AF in people with pulmonary sarcoidosis: An RS indicated positive effects for fatigue, muscle strength and 6MWD of rehabilitation treatment programs for people with pulmonary sarcoidosis. Safety of PA for people with respiratory diseases: Five RS showed adverse event results. Overall, they indicated that PA interventions were safe for people with respiratory conditions. Final considerations: Physical activity showed a relationship with the improvement of respiratory and physical capacity of people with respiratory diseases. However, one should consider the methodological limitations of most of the SRs included, the heterogeneity of interventions and comparators, in addition to the scarcity of studies for some of the health conditions.


Subject(s)
Humans , Quality of Life , Respiratory Tract Diseases/prevention & control , Exercise , Respiratory Tract Diseases/therapy
7.
Brasília; Fiocruz Brasília;Instituto de Saúde de São Paulo; 19 de maio de 2022. 62 p.
Non-conventional in Portuguese | LILACS, ColecionaSUS, PIE, SDG | ID: biblio-1370193

ABSTRACT

Contexto: Na década de 1970, o Relatório Lalonde apresentou-se como uma nova perspectiva de saúde e um ponto de partida para o conceito de Cidades Saudáveis. Ele expôs um conceito ampliado de saúde ao afirmar que as melhorias das condições de saúde da população podem ser resultado de mudanças no ambiente físico-social e no estilo de vida. Pergunta: Quais são os critérios adotados em diferentes partes do mundo para caracterizar cidades/municípios saudáveis? Método: As buscas foram realizadas em PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde e Social Systems Evidence, em 8 e 10 de março de 2022, com o propósito de identificar estudos primários e secundários que abordassem critérios para caracterização de Cidades Saudáveis. Utilizando atalhos de revisão rápida para simplificar o processo, apenas o processo de seleção por títulos e resumos foi realizado em duplicidade e de forma independente. Foram incluídos estudos publicados em inglês, espanhol e português, e não houve limitação para inclusão quanto ao delineamento ou data de publicação. Os estudos incluídos foram avaliados quanto à qualidade metodológica com instrumentos específicos para cada delineamento. Resultados: As publicações recuperadas nas fontes de dados foram 2.723, das quais 24 foram incluídas após o processo de seleção. Os domínios das Cidades Saudáveis propostos pela OMS foram utilizados para agregar os estudos incluídos, conforme apresentado a seguir. Domínio 1: Melhorar a governança da cidade para a saúde e bem-estar. Seis artigos foram indicados neste domínio, que trata sobre parcerias locais para promover a saúde; responsabilização e prestação de contas; utilização de um perfil de saúde na cidade em conjunto com um plano de desenvolvimento de saúde; promoção da saúde nas políticas públicas; e diplomacia na cidade. Domínio 2: Reduzir/minimizar as desigualdades em saúde. Cinco artigos foram incluídos neste domínio, que aborda o significado e as formas de medir os problemas de desigualdade social e impacto sobre a sociedade; e desenvolver um plano de ação para resolver os conflitos. Domínio 3: Promover a abordagem de saúde em todas as políticas. Sete artigos são apresentados neste domínio, que se refere a mecanismos de formulação de políticas locais com coerência para benefício da saúde e para aumentar a capacidade de avaliação dos impactos na saúde. Domínio 4: Promover o desenvolvimento e o empoderamento da comunidade e criar ambientes sociais que apoiem a saúde. Cinco artigos foram associados a este domínio, que abarca temas de promoção do letramento e resiliência da comunidade; promoção da inclusão social e projetos comunitários; garantia de acesso à assistência social; incentivo à prática de atividade física em todas as idades; criação de ambientes físicos e sociais livres de fumo; incentivo à alimentação saudável e limitação do acesso a alimentos ricos em açúcares; e abordagem de problemas de saúde mental e bem-estar social. Domínio 5: Criar ambientes físicos e construídos que apoiem a saúde e as escolhas saudáveis. Onze estudos foram arrolados neste domínio, que aborda temas como criar bairros seguros e limpos; promover e investir em deslocamento saudável (a pé ou de bicicleta); enfrentar os problemas de saneamento básico, poluição sonora e do ar, mudanças climáticas, diminuição da emissão de carbono, higiene e habitação; incentivar a receptividade de crianças e idosos; garantir acesso a áreas verdes para convívio social e investir em planejamento urbano saudável. Domínio 6: Melhorar a qualidade e o acesso aos serviços locais de saúde e sociais. Um estudo foi associado a este domínio, que é caracterizado por assegurar a cobertura universal na saúde e remover barreiras; melhorar a qualidade de serviços para a comunidade e a articulação entre os serviços de atenção primária à saúde e outros serviços públicos de saúde. Domínio 7: Considerar todas as pessoas no planejamento da cidade e priorizar os mais vulneráveis. Quatro artigos foram relacionados neste domínio, que se refere à prática saudável para crianças no início da vida, garantir acesso à educação para todos, garantir o envelhecimento saudável e identificar nas cidades as necessidades das pessoas mais vulneráveis. Domínio 8: Fortalecer os serviços locais de saúde pública e a capacidade de lidar com emergências relacionadas à saúde. Um artigo foi citado neste domínio, que trata de temáticas de investimento em programas de promoção da saúde e prevenção de doenças com base na população e comunidade; cuidar do problema de obesidade em jovens e adultos; e lidar com emergências relacionadas às mudanças climáticas e fenômenos como epidemias e desastres naturais. Domínio 9: Manter um plano de preparação, prontidão e resposta urbana em emergências de saúde pública. Nenhum estudo foi associado a este domínio, que é caracterizado pelo desenvolvimento de práticas de vigilância inclusivas; promoção de informações e práticas com base em evidências; entendimento e ação sobre as vulnerabilidades; trabalho em fortalecimento e respostas comunitárias; e planejamento de medidas de emergências. Outras propostas: Dois estudos abordam proposições que não foram associadas diretamente aos domínios recomendados pela OMS, mas que podem contribuir para aprimorar os critérios de Cidades Saudáveis. Um deles discute o conceito de cidades inteligentes, que utilizam tecnologias de informação e comunicação para melhorar a produtividade e organizar uma governança mais aberta. O outro estudo tem como foco o ecofeminismo, trabalho reprodutivo e de cuidado, planejamento urbano feminista e o incentivo para integração da saúde humana e ambiental. Considerações finais: Os estudos incluídos apresentam informações relevantes sobre a caracterização de Cidades Saudáveis, principalmente os diferentes conceitos abordados acerca do que considerar na avaliação e implementação de cidades e comunidades saudáveis. Os resultados mostram que ainda são escassos os relatos sobre experiências de implementação da proposta de Cidades Saudáveis. As ações de promoção da saúde, como a criação de ambientes físicos e construídos que apoiem a saúde e as escolhas saudáveis, o planejamento urbano voltado à abordagem de uma grande diversidade de problemas e soluções, a promoção da abordagem de saúde em políticas de outros setores e a melhora da governança na cidade para saúde e bem-estar, fazem parte do rol de critérios de Cidades Saudáveis, e têm sido postas em prática em muitos municípios, inclusive no Brasil. No entanto, as estratégias de busca desta revisão rápida não conseguiram recuperar tais experiências nacionais. O fato de não terem sido recuperadas nas buscas pode ser um indicativo de que o termo "cidade saudável" não tem sido considerado por muitos pesquisadores em suas publicações.


Context: In the 1970s, the Lalonde Report presented itself as a new perspective on health and a starting point for the concept of Healthy Cities. He exposed an expanded concept of health by stating that improvements in the population's health conditions can be the result of changes in the physical-social environment and in lifestyle. Question: What are the criteria adopted in different parts of the world to characterize healthy cities/municipalities? Method: The searches were carried out in PubMed, Virtual Health Library and Social Systems Evidence, on March 8 and 10, 2022, with the purpose of identifying primary and secondary studies that addressed criteria for the characterization of Healthy Cities. Using rapid review shortcuts to simplify the process, only the title and abstract selection process was performed in duplicate and independently. Studies published in English, Spanish and Portuguese were included, and there was no limitation for inclusion in terms of design or publication date. The included studies were evaluated for methodological quality with specific instruments for each design. Results: The publications retrieved from the data sources were 2,723, of which 24 were included after the selection process. The Healthy Cities domains proposed by WHO were used to aggregate the included studies, as shown below. Domain 1: Improve city governance for health and well-being. Six articles were indicated in this domain, which deals with local partnerships to promote health; accountability and accountability; use of a health profile in the city in conjunction with a health development plan; health promotion in public policies; and diplomacy in the city. Domain 2: Reduce/minimize health inequalities. Five articles were included in this domain, which addresses the meaning and ways of measuring problems of social inequality and impact on society; and develop an action plan to resolve conflicts. Domain 3: Promoting the health approach in all policies. Seven articles are presented in this domain, which refers to mechanisms for formulating local policies with coherence for the benefit of health and to increase the capacity to assess health impacts. Domain 4: Promote community development and empowerment and create social environments that support health. Five articles were associated with this domain, which covers topics of literacy promotion and community resilience; promoting social inclusion and community projects; guarantee of access to social assistance; encouraging the practice of physical activity at all ages; creating smoke-free physical and social environments; encouraging healthy eating and limiting access to foods rich in sugars; and addressing mental health and social well-being issues. Domain 5: Create physical and built environments that support health and healthy choices. Eleven studies were enrolled in this domain, which addresses topics such as creating safe and clean neighborhoods; promote and invest in healthy commuting (on foot or by bicycle); face the problems of basic sanitation, noise and air pollution, climate change, reduction of carbon emissions, hygiene and housing; encourage the receptivity of children and the elderly; ensure access to green areas for social interaction and invest in healthy urban planning. Domain 6: Improve the quality of and access to local health and social services. One study was associated with this domain, which is characterized by ensuring universal health coverage and removing barriers; improve the quality of services for the community and the articulation between primary health care services and other public health services. Domain 7: Consider all people in city planning and prioritize the most vulnerable. Four articles were listed in this domain, which refers to healthy practice for children early in life, ensuring access to education for all, ensuring healthy aging and identifying the needs of the most vulnerable people in cities. Domain 8: Strengthen local public health services and capacity to deal with health-related emergencies. An article was cited in this domain, which deals with investment themes in population and community-based health promotion and disease prevention programs; to take care of the problem of obesity in young people and adults; and dealing with emergencies related to climate change and phenomena such as epidemics and natural disasters. Domain 9: Maintain an urban preparedness, preparedness, and response plan for public health emergencies. No studies were associated with this domain, which is characterized by the development of inclusive surveillance practices; promotion of evidence-based information and practices; understanding and acting on vulnerabilities; work in community strengthening and responses; and planning of emergency measures. Other proposals: Two studies address propositions that were not directly associated with the domains recommended by the WHO, but that may contribute to improving the Healthy Cities criteria. One of them discusses the concept of smart cities, which use information and communication technologies to improve productivity and organize more open governance. The other study focuses on ecofeminism, reproductive and care work, feminist urban planning, and encouraging the integration of human and environmental health. Final considerations: The studies included present relevant information about the characterization of Healthy Cities, mainly the different concepts approached about what to consider in the evaluation and implementation of healthy cities and communities. The results show that there are still few reports on experiences of implementing the Healthy Cities proposal. Health promotion actions, such as creating physical and built environments that support health and healthy choices, urban planning aimed at addressing a wide range of problems and solutions, promoting a health approach in policies in other sectors and the improvement of governance in the city for health and well-being, are part of the list of Healthy Cities criteria, and have been put into practice in many municipalities, including Brazil. However, the search strategies of this rapid review failed to retrieve such national experiences. The fact that they were not retrieved in searches may be an indication that the term "healthy city" has not been considered by many researchers in their publications.


Subject(s)
Humans , Quality of Life , City Planning , Healthy City , Health Sector Stewardship and Governance , Health Promotion , Disaster Sanitation , Vulnerable Populations , Carbon Footprint
8.
São Paulo; s.n; 2021. 137 p.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1355047

ABSTRACT

Introdução - O conceito Empoderamento Feminino pode ser entendido como o ato de ampliar o poder de participação social às mulheres, garantindo que possam estar cientes sobre a luta pelos seus direitos, com total igualdade entre os gêneros. Está relacionado também, com o processo de autoconfiança, poder de escolha e garantia de recursos sociais, o que torna a mulher capaz de controlar sua vida no presente e garantir ações para seu futuro. As mulheres modificaram e inverteram muitos papéis impostos pela sociedade e estas modificações podem ter alterado o formato tradicional da saúde da mulher, qualidade de vida, modo de vida e objetivos de realização plena como mulher. Objetivo Analisar e propor um escore de empoderamento feminino de acordo com componentes multidimensionais que expressem os níveis de autonomia das mulheres e sua evolução em diferentes países entre dois inquéritos. Métodos Os dados deste estudo transversal são provenientes da Demographic Health Survey (DHS), a amostra foi selecionada a partir do conjunto de mulheres em idade fértil entre 15 a 49 anos [n=1652956], correspondentes ao primeiro e último inquérito realizado em cada país. Os países selecionados foram separados em continentes ou regiões geográficas: Ásia [9 países]; América do Sul [4 países]; Europa [3 países]; Caribe [5 países]; África Ocidental [11 países]; África Oriental [13 países]; África Central-Austral [9 países]. As variáveis do estudo foram alocadas em três domínios de empoderamento: recurso, agência e estrutura institucional, onde as mulheres são representadas de forma civil, econômica e social. Neste estudo, foram utilizadas variáveis de caráter comportamental, poder de decisão, escolaridade, renda e atitudes quanto a violência doméstica. A Análise dos Componentes Principais (ACP) permitiu a utilização dos padrões de empoderamento como descritores sintéticos dos aspectos diversos da avaliação da autonomia das mulheres. A adequação da amostra em relação ao grau de correlação parcial entre as variáveis foi estimada pelo teste Kaiser-Meyer-Olkin (KMO). Resultados Quatro padrões de empoderamento foram gerados para a Europa e cinco padrões de empoderamento para os continentes: Ásia, América do Sul, Caribe, África Ocidental, África Oriental, África Central-Austral. Os dois primeiros padrões de empoderamento em todos continentes ou região geográfica representaram mulheres com menos autonomia, os dois últimos padrões representaram mulheres com mais autonomia. Alguns países apresentaram evolução das mulheres de acordo com os padrões de pertencimento, portanto, mulheres que estavam alocadas em um padrão caracterizado por ausência de autonomia, passam a integrar o padrão de mais autonomia. Em outros países não houve evolução das mulheres nos padrões de pertencimento. Conclusões Os padrões de empoderamento representam a diversidade de possibilidades de conceitualizar empoderamento, ao analisar de forma multidimensional, e não binária, é possível somar características das mulheres e identificar padrões de autonomia ou ausência dela para tomada de decisões, medidas e políticas públicas em benefício das mulheres. Destaca-se que existem variáveis como: renda, escolaridade, acesso a saúde, e planejamento familiar que estão associadas ao padrão de mais autonomia. O KMO apresentou-se acima de 0,80 em todos os continentes ou regiões geográficas analisadas, considera-se que a adequação da matriz é boa.


Introduction - The Feminine Empowerment concept can be understood as the act of expanding the power of social participation to women, ensuring that they can be aware of the struggle for their rights, with total equality between genders. It is also related to the process of self-confidence, power of choice and guarantee of social resources, which makes women capable of controlling their lives in the present and guaranteeing actions for their future. Women have changed and reversed many roles imposed by society and these changes may have altered the traditional shape of women's health, quality of life, way of life and goals of full achievement as a woman. Objective To analyze and propose a female empowerment score according to multidimensional components that express the levels of women's autonomy and its evolution in different countries between two surveys. Methods The data for this cross-sectional study come from the Demographic Health Survey (DHS), the sample was selected from the group of women of childbearing age between 15 and 49 years [n=1652956], corresponding to the first and last survey carried out in each parents. The selected countries were separated into continents or geographic regions: Asia [9 countries]; South America [4 countries]; Europe [3 countries]; Caribbean [5 countries]; West Africa [11 countries]; East Africa [13 countries]; Central-Southern Africa [9 countries]. The study, variables were allocated into three domains of empowerment: resource, agency and institutional structure, where women are represented in a civil, economic and social way. In this study, behavioral variables, decision-making power, education, income and attitudes towards domestic violence were used. The Principal Component Analysis (PCA) allowed the use of empowerment patterns as synthetic descriptors of the different aspects of the assessment of women's autonomy. The adequacy of the sample in relation to the degree of partial correlation between the variables was estimated using the Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) test. Results Four empowerment patterns were generated for Europe and five empowerment patterns for the continents: Asia, South America, Caribbean, West Africa, East Africa, Central-Southern Africa. The first two patterns of empowerment across continents or geographic region represented women with less autonomy, the last two patterns represented women with more autonomy. Some countries showed an evolution of women according to the patterns of belonging, therefore, women who were allocated to a pattern characterized by the absence of autonomy, became part of the pattern of greater autonomy. In other countries, there was no evolution of women in the patterns of belonging. Conclusions - Empowerment patterns represent the diversity of possibilities to conceptualize empowerment, when analyzing in a multidimensional rather than binary way, it is possible to add women's characteristics and identify patterns of autonomy or absence of autonomy for decisionmaking, measures and public policies for the benefit of the women. It is noteworthy that there are variables such as: income, education, access to health, and family planning that are associated with the pattern of greater autonomy. The KMO was above 0.80 in all continents or geographic regions analyzed, considering that the adequacy of the matrix is good.


Subject(s)
Nutrition Assessment , Nutritional Status , Women's Health , Personal Autonomy , Empowerment , Social Participation
9.
Rev. bras. epidemiol ; 21(supl.1): e180008, 2018. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-977697

ABSTRACT

RESUMO: Introdução: A obesidade é um problema crescente no Brasil em todos os grupos etários. Excesso de peso ao final da adolescência indica probabilidade elevada de peso não saudável na vida adulta. Objetivo: Descrever dados antropométricos da Pesquisa Nacional de Saúde dos Escolares (PeNSE) 2015 e sua distribuição segundo estratos geográficos e socioeconômicos. Métodos: Dados da PeNSE 2015 foram utilizados. A amostra desta análise compreende adolescentes com idade entre 11 e 19 anos de escolas públicas e privadas com dados antropométricos disponíveis. O estado nutricional foi classificado segundo valores de referência para o índice de massa corporal (IMC), propostos pela International Obesity Task Force (IOTF). As estimativas das prevalências de déficit de peso e de excesso de peso e seus respectivos erros padrão foram apresentados. A associação entre os indicadores antropométricos e as características demográficas ou sociais dos adolescentes foi estimada por odds ratio e os seus respectivos intervalos de confiança de 95% foram apresentados. Resultados: A prevalência de déficit de peso foi inferior a 3%. As maiores prevalências de excesso de peso foram observadas em adolescentes que se declararam negros ou indígenas, da região sul, da área urbana e dos quintos mais baixos de renda. Em geral, a prevalência de excesso de peso foi maior entre adolescentes que frequentavam escolas privadas. Conclusão: O excesso de peso é mais frequente entre adolescentes dos estratos de baixa renda. Além de indicador do estado nutricional, o excesso de peso pode indicar desigualdade social no Brasil.


ABSTRACT: Introduction: Obesity has increased in Brazil for all age groups. Overweight at the end of adolescence indicates a high probability of unhealthy weight in adulthood. Objective: To describe anthropometric data of the National Adolescent School-based Health Survey (PeNSE) 2015 and its distribution according to geographic and socioeconomic strata. Methods: Data from the PeNSE 2015 was used. The analysis sample consisted of adolescents aged 11 to 19 years old from public and private schools with available anthropometric data. Nutritional status was classified according to the body mass index, with reference values proposed by the International Obesity Task Force (IOTF). The prevalence estimates of underweight and overweight and their respective standard errors were presented. The association between anthropometric indicators and demographic or social characteristics of adolescents was estimated by odds ratio, and the respective 95% confidence intervals were presented. Results: The prevalence of underweight was less than 3%. Elevated prevalence of overweight was observed in adolescents from the South region, from the urban area, from the lowest fifths of income, and those who declared themselves to be black or indigenous. In general, the prevalence of overweight was higher among adolescents attending private schools. Conclusion: Overweight is more frequent among adolescents from low-income strata. Besides being an indicator of nutritional status, overweight may indicate social inequality in Brazil.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Young Adult , Schools/statistics & numerical data , Nutrition Surveys/statistics & numerical data , Nutritional Status , Pediatric Obesity/epidemiology , Socioeconomic Factors , Body Weight , Brazil/epidemiology , Body Mass Index , Prevalence , Sex Distribution , Adolescent Health/statistics & numerical data , Geography
10.
São Paulo; s.n; 2017. 97 p.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: biblio-877300

ABSTRACT

Introdução - A avaliação do estado nutricional de adolescentes é usualmente realizada com base no índice de massa corporal (IMC) sem levar em consideração a maturação sexual. As alterações da composição corporal se expressam via modificações das características antropométricas, frações corporais e bioquímicas com impactos relevantes na análise do estado nutricional.A elevada variabilidade dessas características leva alguns autores a fundamentar de modo diverso a necessidade de ajuste prévio da maturação sexual para avaliação nutricional de adolescentes. Objetivo - Analisar os efeitos das relações entre maturação sexual e variáveis antropométricas, da composição corporal e dos parâmetros bioquímicos sobre o estado nutricional de adolescentes na faixa de 10 a 15 anos. Métodos- A amostra foi composta por 833 adolescentes escolares de 10 a 15 anos selecionados por amostragem complexa, residentes em Piracicaba (SP), 2012. Os fenótipos corporais foram inicialmente definidos por análise de componentes principais (ACP) a partir de dados antropométricos (massa corporal, altura, dobras cutâneas e circunferência da cintura), composição corporal (ângulo de fase), bioquímicos (triglicerídeos, glicose, razão colesterol total/LDL e hemoglobina), maturação sexual (auto-classificação segundo critério proposto por Tanner) e demográficos (sexo e idade). Esta primeira ACP apresentou caráter descritivo, para reconhecer a formação dos fenótipos corporais. Posteriormente, as variáveis de maturação sexual foram retiradas da ACP e aplicou-se novamente a ACP com as demais variáveis, os componentes gerados na ACP foram considerados desfechos na análise dos efeitos mistos para dimensionar o efeito da interferência da maturação sexual sobre os fenótipos corporais. No primeiro nível da análise utilizou-se sexo como ajuste. No segundo nível do modelo utilizou-se as variáveis de maturação sexual, e como ajuste idade, sexo e escore socioeconômico. Resultados Na primeira ACP foram definidos 4 fenótipos corporais: FC1 composto por dobras cutâneas, massa corporal e circunferência da cintura (expressão de gordura e volume corporal); FC2 composto por maturação sexual (pelos pubianos, mama e gônada), altura e idade (expressão do eixo cronológico); FC3 composto por colesterol e triglicerídeos (expressão de marcadores metabólicos associados à gordura corporal) e FC4 composto por ângulo de fase, hemoglobina e glicose (carga fatorial negativa) (expressão de marcadores metabólicos associados à massa magra). Na segunda ACP manteve-se a formação de 4 fenótipos corporais: FC1 apresentou a mesma formação, com a inclusão da hemoglobina com carga negativa; FC2 inclusão da massa corporal, ângulo de fase e hemoglobina; FC3 triglicerídeo, colesterol, hemoglobina e ângulo de fase e FC4 triglicerídeo, glicose e carga negativa para hemoglobina. O único fenótipo corporal que se associou à maturação sexual foi o FC2, também associado à altura e idade. Esse fenótipo expressa o crescimento físico e composição corporal típicos da puberdade. Com a análise dos efeitos mistos mostramos que a maturação sexual explica 78 por cento do FC2, enquanto para FC1 31 por cento FC3 0,59 por cento e FC4 1,06 por cento para pelos pubianos, para gônada e mama a maturação sexual explica 73 por cento do FC2, enquanto para FC1 2,45 por cento FC3 0,25 por cento e FC4 6,9 por cento . Conclusões - O uso dos fenótipos corporais indica a independência da avaliação nutricional na adolescência com relação à maturação sexual


Introduction - Analysis of nutritional status of adolescents is usually based on body mass index (BMI) without taking to account sexual maturation. Changes in body composition are expressed via modifications of anthropometric characteristics, body and biochemical fractions with relevant impact on the analysis of the nutritional status. The high variability of these features takes some authors to substantiate otherwise the need for prior adjustment of sexual maturation for nutritional assessment of adolescent. Objective - To analyze the effects of the relationships between sexual maturation and anthropometric variables, body composition and biochemical parameters about the nutritional status of adolescents from 10 to 15 years. Methods - The sample was composed by 833 school teenagers of 10 to 15 years selected by complex sampling, living in Piracicaba (SP), 2012. The body phenotypes were defined by principal component analysis (PCA) from anthropometric data (body mass, height, skinfolds and waist circumference), body composition (phase angle), biochemical (triglycerides, glucose, total cholesterol/LDL and hemoglobin), sexualmaturation (self-assessment criterion proposed by Tanner) and demographic (sex and age). This first ACP presented descriptive character, to recognize the formation of the corporal phenotypes. Subsequently, the sexual maturation variables were withdrawn from the ACP and re-applied to the ACP with the other variables, the components generated in the ACP were considered outcomes in the analysis of the mixed effects to measure the effect of the sexual maturation interference on the body phenotypes.In the first level of analysis we used the body phenotypes as outcome and sex as. In the second level of the model using the sexual maturation, and variables as age, sex and socioeconomic score. Results The first 4 body phenotypes were defined: FC1 composed by skinfolds, body weight and waist circumference (FAT expression and body volume); FC2 composed by sexual maturation (pubic hair, breast and gonad), height, and age (chronological axis expression); FC3 composed by cholesterol and triglycerides (expression of metabolic markers associated with body fat) and FC4 composed by phase angle, hemoglobin and glucose (factorial a negative load) (expression of metabolic markers associated with lean body mass). In the second PCA, the FC showed the same composition: FC1 presented the same formation, with the inclusion of hemoglobin with negative loading; FC2 inclusion of body mass, phase angle and hemoglobin; FC3 triglyceride, cholesterol, hemoglobin and phase angle and FC4 triglyceride, glucose and negative loading to hemoglobin. The only body which phenotype was associated to sexual maturation was the FC2, also associated with height and age. This phenotype is the physical growth and body composition typical of puberty. With the analysis of the mixed effects we show that sexual maturation explains 78 per cent of FC2, while for FC1 31 per cent 0.59 per cent FC3 and FC4 1.06 per cent to pubic hair, for gonad and sexual maturation breast explains 73 per cent of FC2, while for FC1 2.45 per cent 0.25 per cent and FC3 FC4 6.9 per cent . Conclusions The use of body phenotypes indicates the independence of nutritional assessment in adolescence in relation to sexual maturation


Subject(s)
Humans , Male , Female , Adolescent , Adolescent Development , Body Composition , Nutrition Assessment , Sexual Development , Anthropometry , Biomarkers
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL